Era uma vez, um grupo de "amigos" que sempre sonharam ver as primeira pontas "raiantes" daquele sol que elas nunca notam nos seus cotidianos repetitivos. Eis que por algum acaso, eles combinaram de ir vê-lo nascer, para sair um pouco da mesmice.
- Cada um leva coisas pra ir comendo durante a madrugada, pra ninguém ficar com fome, ok?!
Pareciam todos crianças que iam acampar pela primeira vez, se não fosse o fato de que eles não acampariam, e sim, reverenciariam o simples sol.
Pronto! Todos juntos. Agora era só alegria entre eles. Ou não... Conversa vai, conversa vem, e eles conversavam dos mais variados assuntos, jogos, opiniões, sentimentos... O grupo estava em 4, quando de repente, uma garota não aguenta o "tranco" e dorme. O papo vai perdendo a graça e o silêncio é cada vez mais forte. Agora, naquele recinto, ficara somente o garoto apaixonado, e sua princesa adormecida, enquanto os outros 2 estavam na cozinha aprontando algo. Silêncio... Aquele silêncio brutal, e a garota dormindo. O garoto olha fixamente para sua face, e enquanto isso, o relógio na parede faz seu "tic-tac" ecoando por toda casa. Ele tenta guardar ao máximo sua feição, suas linhas de expressão, tudo que puder dela, até mesmo o ritmo de sua respiração. Não aguenta e chora por medo (não pense em medo no seu sentido mais forte da palavra). E nisso, ele viaja entre passado, presente e futuro, uma viagem completamente diferente e estranha. No passado, lembra que já passou por isso, no presente, de nada mais se lembra, e no futuro, ele está indo ver o sol nascer. São 6:07 da manhã e o sol vai saindo, e na mesma hora uma leve gota de lágrima desce seu rosto, brilhando intensamente por ter o sol em sua vista. Ela vai caindo pelo olho, passando pelas curvas do nariz, sentindo o gosto salgado na boca, indo pro queixo, e do queixo para o chão. E exatamente ali, ele lembrou da feição, das linhas, da respiração e tudo relacionado a ela. O caminho da lágrima foi o mesmo daquela paixão: começou onde não deveria, sentiu o sabor ruim quando passou pela boca, e agora amargura sua queda do queixo até o chão... E sabe aquele "era uma vez" no começo? Pois é... Ele também queria um final feliz.
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