Quando elas descem, causam um variado cardápio de emoções para quem vê. Durante a noite, pequenos pingos continuam a cair, porém vagarosamente, enquanto janelas se secam pós-chuva. Me pergunto por que esse sentimento se expressa justo quando acontece esse fenômeno. Suas gotas curtas e singelas traduzem um sentimento grande, em apenas uma trajetória grande do céu até o chão. Acompanho da janela essa queda energética, e gosto do que vejo. Quando isso ocorre, limpa-se tudo, desde corpos físicos, até imaginários. Nossa alma fica mais vibrante e pura. Claro, isso acontece com as boas, aquelas que nos fazem bem, e não as que fazem estrago. Essa chuvinha molhada que cai, não amedronta, não me assusta, não me põe medo. Ela simplesmente trás algo surreal lá de cima, e derrama sobre nós sentimentos puros e verdadeiros que aqui embaixo não se encontra.
(Lucas)
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